Meus amigos leitores e leitoras do blog, venho lhes dizer que essa postagem é especial para pessoas, que assim como eu, moram em uma cidade onde todo mundo costuma passar férias. Em outras palavras, litoral. E sabem o que tem no litoral? Praia. E o que acontece quando juntamos praia com feriado? Farofada.
A definição dessa palavra é universal para as pessoas que moram em cidades litorâneas. Significa "gente que vem para zoar com a cidade". Claro que, embora pareça, não é uma generalização. Tem muitas pessoas que vêm aqui para visitar a família, ou passear e tirar foto até de um nativo limpando o salão, enfim. Mas tem aquelas que vem aqui para botá pra fudê com os moradores locais, seja colocando pagodão em um volume extremamente alto das 8h da manhã até as 2h da madrugada, jogando lixo em cada lugar que elas acharem apropriado (mas as inúmeras e malditas latas de lixo da cidade eles não vêem), mijando no mato, tomando banho de graça no prédio dos outros... As coisas que pode se fazer quando se é um farofeiro dariam uma lista imensa.
Podemos chamar a farofagem de "carnaval aquático". Não só aquático, na verdade. O trânsito fica um inferno, os atendentes das lojas precisam fazer sessões de Yoga periódicas para não se estressarem, os moradores locais ficam tão irritados que choram por não terem uma metralhadora em mãos... Isso para não se falar do shopping, que tem tanta gente que não se dá para ver direito as lojas. E muita pivetada vem para a praia com os pais também... Então se você mora em alguma cidade litorânea e está afim de comer um lanche no McDonald's no fim de semana, desista e se contente em pedir um marmitex por delivery, porque a coisa aqui é teeensa, meu amigo.
Entretanto, de vez enquando, os moradores são abençoados por uma simples palavra composta por cinco bonitas letrinhas: Chuva. E farofeiro não pode ver um pingo de água caindo do céu que já quer subir o morro e voltar para casa! É irônico, pois eles se esbaldam de tanto ficar na água bebendo cerveja... Aí, quando estão voltando para casa, o sol surge, mas é tarde demais para voltar, por conta do trânsito. E aí fica aquele calor infernal... Imagine só: Uma família de farofeiros dentro de um carro, suados e queimados de tanto sol (antes da chuva, é claro). Mas é temporário, uma questão de 3h no meio de um trânsito infernal, aí você já está no alto da serra, onde bate um vento da porre, e aí quem sabe o suor passa.
Concluíndo, farofeiros são um inferno. Você reclama do som alto, no meio da madrugada por causa de uma festança que irrita até monge, e eles vêm todos para cima de você, falando: "Os incomodados que se mudem! Hahaha". Uma vez falaram isso para mim, eu fiquei com vontade de falar: "MAS QUEM É QUE MORA NESSA BOSTA? SOU EU, PORRA!!", enfim, tive que me controlar...
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