domingo, 23 de outubro de 2011

Que tal um passeio de ônibus?


Uma imagem vale mais do que mil palavras! Tá aí, a palavra ônibus é a verdadeira definição de inferno! E não é para menos; eu que pego o ônibus todo o santo dia, sei como é o sacrifício de esperar até meia hora para passar um, todo mundo te olhar com cara feia, você ser encoxado (e também encoxar, "sem querer"), aturar reclamação de velho, ser obrigado a ouvir funk em um volume extremamente alto... Enfim, é realmente uma merlin ter que pegar ônibus. Infelizmente, como eu já disse, pego o ônibus todos os dias, exceto de Sábado e Domingo. (pelo menos isso, né?)

Se você tem a auto-estima baixa, esse meio de transporte não é para você. Muitos te olham com uma cara estranha, como se tivessem matando você em seus pensamentos. Olham você dos pés até a cabeça. Se você for vesgo, olham com uma cara estranha. Se você tiver com uma camisa de rock, as pessoas ficam horas tentando adivinhar se a estampa é algo relacionado a música ou não. Se quer evitar isso, seja ambulante. Por exemplo, finja ter uma doença grave e comece a contar a sua história no busão, que ninguém vai olhar para a sua cara - quer dizer, quase, pois você poderá ganhar uns trocados por mentir, é mais ou menos como no governo brasileiro - e vão rezar para você sair do ônibus o mais rápido possível.

E quando o ônibus tá lotado? Puuutz... Aí fedeu de vez a situação. Se você é daqueles tipos de pessoa que pegam ônibus lá pelas 18h, sabe bem como é a tortura. Alguns motoristas são bonzinhos e deixam você ficar naquele espaço antes da catraca, para sair pela entrada - é, bem estranho isso o que eu falei - mas outros obrigam você a pagar e girar a catraca. É aí que começa o corredor da tortura, meus amigos. Você precisa segurar nos canos lá em cima (como a foto no começo do post) e se aventurar a se equilibrar. Se você estiver com uma mochila, aí ferrou de vez. Além de você estar se matando e comprimindo a barriga para conseguir ficar em pé e equilibrado, tem gente que quer passar e além de não conseguir, coloca a culpa em você. O engraçado é que essas pessoas geralmente já podem dirigir um carro e certamente têm um. Uma das coisas que mais dá raiva em um ônibus é isso.

Sim, eu disse algumas: Tem a questão do funk no ônibus. Sempre tem alguns engraçadinhos que querem se exibir e acham que todos têm que gostar das músicas que eles ouvem, se bem que funk nem é música, mas deixa isso para outra postagem. Enfim, ausentes de um aparelho simples, barato e prático denominado fone de ouvido, os funkeiros ligam algum funk bem alto. O incrível é que ninguém sabe de onde o som vem, a não ser a própria pessoa que ligou o celular... O celular que esses funkeiros usam, em 99% das vezes é aqueles pirateados chineses que tem um volume tão alto que irrita até a alma. Fone de ouvido é bom, tá? Nego tem uns R$150,00 pra comprar um celular desses que quebra em dois meses, mas não tem R$15,00 pra comprar um fone de ouvido! Ah, vá tomar no copo!

Eu declaro errada a definição do vocábulo ônibus em todos os dicionários de português, e peço uma edição. Segundo um dicionário famoso e que eu não vou falar o nome aqui, a definição é a seguinte:

s.m ô.ni.bus: Grande veículo automóvel de transporte coletivo urbano e interurbano.

Como deveria ser:

s.m ô.ni.bus: Grande veículo automóvel de transporte coletivo urbano e interubano onde você paga para ser encoxado e é obrigado a ouvir um monte de fofoca e uma batida irritante de funk.

Quem diria, hein?
Agora, pense em uma pessoa que, quando pega ônibus, é encoxado, encoxa, ouve funk por obrigação, ouve fofoca, é obrigado a aturar reclamação por causa do espaço que a mochila ocupa, e ainda tem que conviver com gente te olhando com cara de nojo. Pensou nessa pessoa? Ah, e ela pega o ônibus todos os dias...

Fazer o quê, né... É a vida.

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